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Numa fria - Charles Bukowski

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Estava o autor deste blog levando sua vida normal de poesia e prosa romantista, quando Bruno, o dono do Juventude Enlouquecida, lá pelos meados de Abril deste ano, me introduz à um novo complexo literário, um novo tipo de literatura, romantista à sua própria maneira, através de um livro, um livro que marca para sempre a vida de quem o lê.


"Numa fria" de Charles Bukowski, o velho safado, foi como uma pedrada no olho para mim, e para qualquer outro que aprecie Quintana e Vinícius (sem desmerecer ambos, grandes mestres).

O livro se trata de uma coletânea, com alguns dos maires contos do autor, pelo menos até aquela época. Os assuntos são os clássicos, que podem ser encontrado em práticamente todos os livros do cara: Sexo, música clássica e corridas de cavalo. A grande sacada não é só falar isso, mas sim mostrar como a humanidade é fútil e que a vida, depois que fica ruim, só piora, tudo escrito com as palavras de um velho safado, sem vergonha e com toda a malícia e depravação possível.


O livro conta com o personagem mais clássico de Bukowski: Henry Chinaski. Ele aparece em alguns contos. O personagem nada mais é do que uma auto-biografia de Charles. O cara cresceu pobre, com espinhas, sem se sobresair em qualquer coisa e com uma vida de assalariado. Alcólatra e misantrópico, parte de mulher em mulher. O anti-herói completo. Além de tudo, ele passa muitos anos trabalhando em um correio, algo que ele odeia (e que Buk. também odiava).


Sobre o Autor


Henry Charles Bukowski, nascido em 1920, na Alemanha e falecido em 1994 em Los Angeles foi poeta, cronista e romancista americano. Um dos escritores com o qual os jovens mais se identificam, por sua linguagem sem vergonha e obscena.
Trabalhou como carteiro, frentista e motorista de caminhão, mesmo estudando jornalismo (o velho nunca conseguiu se formar). No começo era apenas mais um escritor no meio literário, entre vários outros que não se destacavam, mas logo, com seu estilo literário irreverente, destacou-se entre todos os outros e começou a aproveitar a vida de socialight. Nos meados dos anos 80, sua maior diversão era fazer recitais de suas poesias em universidades, sempre com uma garrafa de whisky, cigarro e sua barriga de chopp, considerada repugnante pelos estudantes, para fora. Óbviamente, seus recitais sempre acabavam em brigas e cadeiras para todos os lados. Fora isso, havia os que se impressionavam com seu estilo literário, e toranvam-se adeptos do velho safado.
A maioria de seus livros foi publicada pela editora L&PM aqui no Brasil, o que significa que até o mendigo da esquina pode te conseguir um livro do Bukowski.
Se estás cansado de todo aquele papo culto e de amor, parta para Bukowski, tua vida vai mudar depois dele.




1 comentários:

isadora machado disse...

pelo jeito tu é fã número um do tal velho safado, muito bom thiago :)

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